Audiência vai decidir se julgamento sobre espionagem em Timor será aberto ao público

Timor East oil rig

Source: PTTEP

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A primeira audiência no Tribunal dos Magistrados em Canberra, marcada para quarta-feira, 25 de julho, decidirá se o julgamento da Testemunha K e seu advogado, Bernard Collaery, será aberto ao público. Tom Clarke, porta voz da Campanha Timor Sea Justice, fala sobre a repercussão que a ação do governo australiano está tendo e o que pode acontecer na primeira audiência. A entrevista é em inglês.


A Testemunha K é o ex-chefe de operações técnicas da ASIS, a agência de espionagem da Austrália, Bernard Collaery é seu advogado. Os dois estão sendo processados por terem revelado que a Austrália colocou uma escuta nos escritórios em Dili em 2004 e espionou o então governo de Timor Leste durante as negociações cruciais sobre a exploração de petróleo e gás natural no mar de Timor.
Tom Clarke
Tom Clarke, diretor de campanhas do Centro de Direitos Humanos e porta voz do Timor Sea Justice Source: Supplied
O governo alega que entre 2008 e 2014, os dois homens violaram a Seção 39 da Lei de Serviços de Inteligência (2001), que proíbe a divulgação não autorizada de informações sobre as atividades da ASIS.

Se considerados culpados, os dois homens poderão receber uma sentença de dois anos de prisão e Collaery poderá também perder sua licença para exercer a profissão de advogado. Nesse processo, a testemunha K é considerada essencial, mas ela está impedida de sair da Austrália desde 2012, quando agentes da ASIS efetuaram uma busca à sua casa confiscando, entre vários documentos, o seu passaporte.

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