Apurados todos os votos da emigração nas eleições legislativas de Portugal, a Aliança Democrática, bloco formado pelo PPD, PSD, CDS, PP e PPM, teve a preferência da maioria dos eleitores a viver na Ásia e Oceania.
A AD teve 1.886 votos, ou seja, 31,50%, contra 801, ou 13,38%, do Partido Socialista, o PS, e 482, ou 8,05% do Chega. A Iniciativa Liberal teve 3,44% dos votos, e o PAN, 2,04%. Os demais partidos não chegaram a 2% cada.
O resultado dos votantes expatriados na Ásia e Oceania, segundo o Ministério da Administração Interna.
0,23% dos votos foram em branco, e 34,45% foram nulos - ou seja, um número maior do que teve a Aliança Democrática.
Segundo as informações da Administração interna, foram inscritos 58.198 portugueses para votar nas eleições de 10 de março na Ásia e Oceania, mas apenas 5.988 votaram - ou seja, 10,29% do total. Muitos que votaram pelo correio não acertaram a documentação e seus votos foram anulados.
Na contagem de todos os votos dos portugueses fora de Portugal, o Chega foi o grande vencedor nesses círculos. Vence na Europa com a eleição de um deputado, à frente do PS, e garante outro mandato Fora da Europa logo atrás da AD e impedindo a reeleição pelo PS do presidente da Assembleia da República cessante, Augusto Santos Silva. Dois deputados para o Chega e um para PS e outro para AD fecham as contas das legislativas de 10 de março: AD com 80, PS 78 e Chega 50. São as três forças políticas desta próxima legislatura.
No círculo da Europa, o Chega foi o partido com mais votos - 18,31%, correspondentes a 42.972 eleitore,s que garantiram um deputado; segue-se o PS com 16,22% que correspondem a 38.061 boletins que garantiram o outro deputado.
O Chega, de André Ventura, conquistou duas das quatro cadeiras no voto dos portugueses expatriados. Source: AFP / MIGUEL RIOPA/AFP via Getty Images
Segundo informações do sítio Eco, o Chega liderou na Europa com os emigrantes da Suíça e do Luxemburgo. Os portugueses na Alemanha e França preferiram o PS, que ficou em segundo. Os que vivem na Espanham escolheram a AD. Votos nulos ficaram em torno de 37%.
Com o resultado, o Chega terá José Dias Fernandes na Assembleia da República. O PS fica com o segundo mandato, a manter o assento de Paulo Pisco.
No círculo Fora da Europa, do qual os portugueses na Ásia e Oceania fazem parte, a vitória foi garantida pela AD com 22,9% (22.636 votos) e um deputado; a uma escassa distância surge o Chega com 18,27% (18.067 votos) para ganhar o outro deputado deste círculo.
O PS, com 14.410 votos para 14,51%, falha neste círculo Fora da Europa a eleição do seu cabeça de lista, Augusto Santos Silva, que assim deixa o Parlamento depois de ter ocupado o lugar de presidente da Assembleia da República.
O resultado elege o antigo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, da AD, ao Parlamento. O Chega fica com a segunda vaga, que pertencerá a Manuel Alves, ex-PSD.
As razões para a ultrapassagem do Chega ao PS podem encontrar-se na votação do Brasil e dos Estados Unidos, com notícias a darem conta nas últimas semanas de uma mobilização da comunidade evangélica para o voto no partido de André Ventura.
No Brasil, o Chega foi mesmo o partido mais votado, com 24,61% do votos (13.724), contra os 20,45% (11.406) da AD e os 15,30% (8.536) do PS.
As contas finais dão agora a AD com 80 deputados no Parlamento (somam-se aos 77 mandatos da Aliança Democrática os 3 mandatos do PSD/CDS-PP na Madeira), o PS com 78 e o Chega com 50.
As informações são da RTP e do sítio Eco.
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A votação dos expatriados encerrou a contagem dos votos nas eleições legislativas de Portugal no início da madrugada desta quinta-feira. Na sequência, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa recebeu o novo futuro-primeiro ministro Luís Montenegro para acertar a agenda. Ficou definido que apresenta o novo executivo a 28 de março e o novo governo toma posse a 2 de abril.
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