Notícias da Austrália e do Mundo | 27 de março de 2022 | SBS Portuguese

Joe Biden

Source: AAP, EPA / Radek Pietruszka

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que a guerra da Rússia com a Ucrânia foi um fracasso estratégico para o presidente Vladimir Putin e que ele tem que deixar o poder. “Pelo amor de Deus, este homem não pode permanecer no poder,” disse. A Casa Branca já voltou atrás e se pronunciou dizendo que o presidente não se referiu a uma mudança de regime. Confira as principais notícias do dia na Austrália e no mundo.


Durante um discurso inflamado na capital polonesa, Varsóvia, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden disse ao povo da Ucrânia que os Estados Unidos estão com eles.

Ele também disse a uma multidão de cerca de 100 mil pessoas, que a invasão foi um atentado direto à ordem internacional baseada em regras estabelecidas após a Segunda Guerra Mundial.

Biden disse que a guerra nunca trará uma vitória para a Rússia.

"A Ucrânia nunca será uma vitória para a Rússia. Pois as pessoas livres se recusam a viver em um mundo de desesperança e escuridão. Teremos um futuro diferente, um futuro mais brilhante enraizado em democracia e princípios, esperança e luz, decência e dignidade e liberdade e possibilidades. Pelo amor de Deus, este homem não pode permanecer no poder. Que Deus abençoe a todos vocês e que Deus defenda nossa liberdade. E que Deus proteja nossas tropas."

Depois que a afirmação de que Putin deveria deixar o poder ganhar imensa repercussão, e estampar as capas dos jornais e mídias sociais do mundo inteiro, um porta voz da Casa Branca tentou explicar que na verdade Joe Biden não estava falando que Putin deveria deixar o poder na Rússia.

“O argumento do presidente foi que Putin não pode exercer poder sobre seus vizinhos ou a região. Ele não estava discutindo o poder de Putin na Rússia ou uma mudança de regime”, disse.

O comentário, segundo o Washingont Post, ‘ad lib’ e improvisado foi um momento particularmente notável, no entanto, parecendo marcar uma mudança no pensamento de Biden sobre a posição de Putin na Rússia.

Grande parte do discurso de Biden envolveu culpar Putin pela invasão na Ucrânia e fazer um apelo ao povo russo para que eles não apoiem a guerra.

O prefeito de Lviv, no oeste da Ucrânia, sugeriu que os ataques aéreos russos em sua cidade nos últimos dois dias foram um aviso ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden que estava a apenas 70 quilômetros de distância, visitando a capital polonesa Varsóvia onde fez o polêmico discurso.

Também no noticiário de hoje

  • O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy fez uma aparição surpresa em vídeo no Fórum de Doha, no Catar. Zelenskyy pediu aos países que aumentem suas exportações de gás natural.
  • A cidade de Lviv, no oeste da Ucrânia, foi bombardeada por foguetes russos. O ataque é significativo porque Lviv fica perto da fronteira com a Polônia e tem sido um refúgio seguro para centenas de milhares de ucranianos que fogem da Rússia e outras partes da Ucrânia.
  • Imagens de satélite, segundo a ONU, mostram uma vala comum com centenas de corpos na cidade portuária de Mariupol, na Ucrânia.  
  • As autoridades chinesas confirmaram que não há sobreviventes do acidente de avião que caiu em uma área montanhosa na costa sudeste do país na última segunda-feira. 132 pessoas estavam a bordo. A causa do acidente permanece desconhecida.
  • O primeiro-ministro de Portugal, Antonio Costa, e o primeiro ministro da Espanha, Pedro Sánchez, anunciaram um acordo sobre energia elétrica com a União Europeia. O acordo prevê o controle dos preços da eletricidade e redução do custo da energia.
  • Manifestações na capital afegã Cabul em protesto ao fechamento de escolas secundárias para meninas. O Talibã voltou atrás na promessa de permitir que meninas acima da sexta série frequentem a escola, provocando protestos no afeganistão e em todo o mundo. 
  • Os números da Covid na Austrália: cinco pessoas morreram em Victoria, com 7.466 novos casos registrados. Uma pessoa com coronavírus morreu em Nova Gales do Sul, com o estado registrando 17.450 novas infecções em 24 horas.
  • A saúde mental de requerentes de asilo e refugiados presos nos centros de dentenção australianos voltou a ser questionado após a morte de um iraniano. Ele era requerente de asilo e tinha 30 anos. O homem estava preso nos últimos dois anos Centro de Detenção Villawood, no oeste de Sydney. A Polícia Federal Australiana anunciou que vai investigar a causa da morte.

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