O primeiro-ministro britânico em apuros, Boris Johnson, sobreviveu a um voto de desconfiança dos parlamentares conservadores, por 211 contra 148 votos.
Boris Johnson garantiu assim suficiente apoio do seu Partido Conservador para permanecer no cargo, apesar de toda a convulsão dos últimos tempos que, sem dúvida, faz dele um líder enfraquecido e com um futuro incerto.
Numa entrevista posterior à votação, Johnson conseguiu dar uma reviravolta positiva à situação descrevendo este desfecho como sendo muito bom.
Acho que este é um resultado muito bom para a política e para o país. É um resultado convincente e decisivo. Eu entendo que o que precisamos de fazer agora é unirmo-nos como governo, como partido.
O resultado foi anunciado pelo presidente do Comité de 1922, Sir Graham Brady, que diz que o partido tem confiança no primeiro-ministro.
Por seu turno, o líder do Partido Trabalhista de oposição do Reino Unido, atacou, nesta segunda-feira, os legisladores do Partido Conservador que votaram como forma de apoio ao primeiro-ministro Boris Johnson neste voto de desconfiança.
Keir Starmer diz que os deputados conservadores ignoraram o público britânico: "Esta noite, o partido conservador tinha uma decisão a tomar: ou mostrar alguma espinha dorsal ou apoiar Boris Johnson. O público britânico está farto de um primeiro-ministro que promete muito, mas nunca cumpre; farto de um primeiro-ministro que presidiu uma cultura de mentiras e violação da lei no seio do governo; farto de um primeiro-ministro que é totalmente impróprio para o grande cargo que ocupa. Os conservadores fizeram a sua escolha esta noite - ignoraram o público britânico".
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