Os portugueses votam neste domingo em eleições municipais.
Trata-se de decidir quem fica a governar as cidades e vilas que constituem os 308 municípios do país.
Nas anteriores eleições, há quatro anos, o Partido Socialista (PS) conquistou um número recorde de municípios, 159, portanto mais de metade.
O segundo maior partido, o PSD, de centro-direita, ficou com apenas 79, a coligação comunista CDU também desceu para 24 e o CDS, à direita, manteve seis do total de 308 no país.
Toda as sondagens indicam que o PS – que há 6 anos governa também no país – vai continuar a ser o mais votado e continuar a ter o maior número de câmaras, eventualmente menos umas 10 do que as 159 a que até agora tem presidido.
As maiores expectativas estão focadas em Coimbra, a cidade universitária e da saúde, onde uma ampla frente de direita e centro-direita, encabeçada por um ex-bastonário dos médicos, desafia o atual e veterano presidente socialista.
Também em Almada, cidade ribeirinha em frente a Lisboa, onde a atual presidente socialista, a cineasta Inês de Medeiros, é desafiada pela mais poderosa autarca comunista, Dores Meira, presidente nos últimos 12 anos em Setúbal.
Há curiosidade em torno de algumas cidades intermédias: o PS pode conquistar Évora aos comunistas, também a Guarda e Viseu ao PSD, mas tende para perder Castelo Branco para o PSD.
Em Lisboa e no Porto dá-se como certa a reeleição folgada dos atuais presidentes: o socialista Fernando Medina em Lisboa e o independente centrista Rui Moreira no Porto.
Há expectativa sobre qual será a implantação nacional do novo partido Chega, posicionado na extrema-direita.
Também atenção aos resultados do PSD: o líder, Rui Rio, enfrenta muita contestação interna. Se não melhorar o resultado PSD de há 4 anos vai certamente ser desafiado e o rival está na grelha de partida, é o eurodeputado Paulo Rangel.
São 308 os municípios portugueses, os eleitores votam até às 8 da noite deste domingo e os resultados serão conhecidos durante a noite.
