Polícia australiana diz que Mário Marcelo Santoro não é suspeito da morte de Cecília Haddad

Cecilia Haddad

Ex-namorado de Cecília Haddad, Mário Marcelo Santoro, não é suspeito na investigação da morte de "Cissa", diz a Polícia de Nova Gales do Sul (NSW Police). Source: Facebook

Get the SBS Audio app

Other ways to listen

A Polícia de Nova Gales do Sul, estado do qual Sydney é a capital, esclarece que ele não é suspeito, mas uma "pessoa de interesse" para as investigações, assim como outras.


Autoridades brasileiras foram contatadas pela Austrália para ajudar na busca de Mario Marcelo Santoro, ex-namorado de Cecilia Haddad, a empresária brasileira de 38 anos assassinada em Sydney na semana passada e cujo corpo foi encontrado no domingo passado no rio Lane Cove.

Apesar da notícia da busca do ex-namorado também por autoridades brasileiras estar nos meios de comunicação da Austrália e do Brasil, citando fontes da própria polícia, fontes diplomáticas brasileiras em Sydney esclareceram ao Programa Português da Rádio SBS que não tinham, até o momento, nenhuma informação de que autoridades australianas teriam feito algum pedido oficial às autoridades brasileiras neste sentido, apesar de que contatos informais poderiam eventualmente ter sido feitos.

Um assessor de imprensa da AFP/Polícia Federal Australiana, contatado por nós na tarde deste domingo, disse não ter informações de contatos da AFP com autoridades brasileiras, e sugeriu contatar a Polícia de Nova Gales de Sul/NSW Police, que lidera as investigações e seria responsável por um eventual pedido de ajuda às autoridades brasileiras.

Contatamos a NSW Police e estamos aguardando uma resposta.
crime
Source: Facebook
O Facebook de Mário Marcelo Santoro foi desativado na última sexta-feira, assim como o Facebook da sua irmã, que mora no Brasil.

Ele teria antecipado a sua passagem de volta ao Rio de Janeiro e acredita-se que ele viajou saindo do aeroporto de Sydney no sábado passado, à noite, e o corpo dela foi encontrado na manhã seguinte.



Megulhadores da polícia esta semana tentaram encontrar as chaves do carro de Cecilia no rio Parramataa, na altura da ponte de Gladesville, a uns 4 quilômetros de distância onde o corpo dela foi encontrado. Eles calcularam as correntes do rio para estabelecer o possível local aonde o corpo foi jogado no rio.

A família organizou ontem uma missa em memória de Cecília no Rio de Janeiro, na igreja de Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, pedindo a todos que levassem flores brancas.


O pai de Cecília, João, segundo a imprensa, já está em Sydney desde a última sexta-feira.
Crime
"Cissa" Haddad com o seu pai João em 2012 Source: Facebook
A mãe dela, Milu Müller, fez uma cirurgia do coração e não tem autorização médica para viajar.

Família e amigos estão preparando o funeral, mas ainda não tinha sido decidido se seria em Sydney ou em Perth, onde ela morou a maior parte do tempo em que esteve na Austrália, desde 2007.
Crime
"Cissa"e a mãe Milu Müller em post no Facebook Source: Facebook
Empresária de sucesso e respeitada pela comunidade brasileira em Perth

Amigos disseram que Cecília era uma pessoa muito querida e respeitadíssima na comunidade brasileira em Perth, aonde ela morou por muitos anos.

Cecília morou no estado da Austrália Ocidental, em Port Headland e em Perth, de 2007 até 2016, segundo o seu LinkedIn, quando então teria se mudado para Sydney.

Ela trabalhou na Vale, no Rio de Janeiro, e na BHP em Port Headland e Perth.

Conhecida pelos amigos como Cissa, ela estava separada do marido Felipe, também brasileiro, desde o ano passado. Ela não tinha filhos.

A família de Cecília é do Rio de Janeiro.

Nós conversamos com a sua melhor amiga, Carol Câmara e com Cristina Talacko, da ABCC/Câmara de Comércio Austrália-Brasil.

Ouça aqui o podcast das entrevistas.

A polícia pede ajuda para desvendar a morte da empresária brasileira. Quem souber algo pode ligar para o Crime Stoppers em 1800 333 000 ou denunciar online no .



Share