Ricky Lefoe é acusado de dar um soco na cabeça de Ivan Susin, de 29 anos, durante uma briga iniciada por causa de batatas fritas roubadas em uma das ruas mais movimentadas de Surfers Paradise, em Gold Coast, a Glitter Street. A briga ocorreu na madrugada de 1º de outubro de 2019.
Lefoe foi , mas essa acusação foi elevada após a .
Desde outubro, ele foi obrigado a se apresentar à polícia de Southport para permanecer em liberdade condicional sob fiança, ele também teve que colocar uma garantia de AU$50 mil e está proibido de deixar New South Wales.
Imagens da briga foram capturadas por câmeras CCTV posicionadas ao longo da Glitter Street e mostram o brasileiro comprando um kebab quando dois homens começam a trocar socos a poucos metros de onde ele se encontra.
O início da briga, quando um homem tentar pegar batatas fritas de outro Source: CCTV/9News
O brasileiro volta sua atenção para o tumulto, dá alguns passos em direção à briga e atinge um dos homens com um soco. Ele em seguida é atingido por Lefoe que aparece por trás. O violento soco dado por Lefoe derruba o brasileiro que bate a cabeça com força na calçada.
Susin foi levado às pressas para o hospital e ficou em coma por 12 dias. Ele acabou não resistindo e morreu no hospital de Gold Coast.
Ricky Lefoe é acusado de dar um soco na cabeça de Ivan Susin, de 29 anos, durante uma briga em Surfers Paradise Source: CCTV/9News
Ricky Lefoe é acusado de agressão corporal grave seguida de morte e está contestando as acusações.
O advogado de Lefoe, Campbell MacCallum, da Moloney MacCallum Abdelshahied Lawyers, pediu ao Tribunal de Magistrados de Southport que retirasse a condição da fiança que obriga Lefoe a se apresentar à polícia todos os dias, alegando problemas de saúde.
"Ele atualmente tem um sistema imunológico baixo e apresenta sintomas de gripe forte", disse o advogado.
MacCallum disse que Lefoe não queria mais ir à delegacia e que corria o risco de expor a si próprio ou outras pessoas à doença.
"Ele não deseja colocar nenhuma outra pessoa ou a polícia em risco", disse o advogado.
MacCallum disse ao tribunal que Lefoe também estava tendo dificuldades em chegar à delegacia de polícia, pois conta com o transporte público que foi reduzido em Sydney.
Foi dito no tribunal que as atuais medidas de saúde pública em vigor eram suficientes para garantir que Lefoe permanecesse em sua casa.
A polícia não se opôs ao pedido.
O juiz Mark Howden removeu a condição da fiança que exigia que Lefoe se apresentasse todos os dias à polícia e o caso voltará ao tribunal em maio.
O irmão mais velho de Lefoe, Jamie, foi assassinado em Sydney em 2011, após uma disputa por um carro roubado. O ataque de Sydney em 2011 e a briga que levou à morte do brasileiro em Surfers Paradise não têm relação.
A comunidade brasileira em Queensland se mobilizou e pediu auxílio para Ivan Susin e sua família Source: News Ltd / Ivan Susin
