Com 165.000 estudantes chineses matriculados, as universidades australianas calculam os prejuízos do coronavírus

Coronavirus travel ban

Coronavirus travel ban sees Chinese students miss start of university, Australian tertiary education sector scrambling Source: Unsplash / Fred Moon

O setor da educação universitária na Austrália se tornou economicamente dependente dos estudantes chineses e será um dos setores mais impactados pela proibição de entrada no país de estrangeiros vindos da China, que foi extendida até o sábado que vem.


A epidemia do coronavírus está afetando a economia australiana, assim como a economia mundial, mas aqui na Austrália especialmente na área da educação e turismo.

O grupo das oito maiores universidades australianas alertou o governo federal de que a proibição da entrada no país de pessoas vindo da China custará, para cada 10 por cento de queda no número de estudantes chineses, mais de um bilhão de dólares à economia, colocando em risco 7.500 postos de trabalho.
A maioria das universidades volta às aulas agora em março.

A redução no número de estudantes chineses vai afetar muito além das universidades, atingindo também o setor de serviços.

No momento há ao redor de 165.000 estudantes chineses na Austrália, dos quais 105.833 estão matriculados nas oito maiores universidades do país.
Dependendo da duração da proibição de entrada de estrangeiros vondos da China à Austrália, o prejuízo pode variar de 815 milhões até $2.18 bilhões de dólares.

O pagamento das matrículas de todos os estudantes estrangeiros sustenta os salários de 43.700 funcionários dentro e fora do setor universitário australiano.

Os estudantes chineses, sozinhos, são responsáveis pela manutenção de 18,740 empregos, segundo as universidades.
Um médico da Austrália segue ao Japão neste domingo para assistir os passageiros que estão em quarentena a bordo do navio de cruzeiros Diamond Princess.

Mais de 200 Australianos estão a bordo, com pelo menos 16 infectados por coronavírus.

O médico vai tentar ajudar os passageiros que não estão infectados a sair do navio, que permanece no porto na cidade de Yokahama.
Os Estados Unidos vão evacuar centenas dos seus cidadãos a bordo do navio Diamond Princess.

Um avião fretado deve chegar neste domingo ao local para levar as pessoas que queiram retornar aos Estados Unidos.

Passageiros e bagagens serão levados de ônibus do navio até o avião, após serem examinados para detectar sintomas do coronavírus.

Os passageiros deverão desembarcar em bases militares na Califórnia ou no Texas.
Foi registrada na França a primeira morte por coronavírus fora da Ásia - a primeira na Europa.

Foi um turista chinês, de 80 anos.

143 pessoas morreram na China ontem por coronavírus, subindo para 1.665 o número total de mortes no país, dados deste domingo 16 de fevereiro.

O total de infectados em todo o mundo passa dos 69.200.

4 mortes foram registradas fora da China continental: uma em Hong Kong, uma nas Filipinas, uma no Japão e uma na França.

A Austrália continua com 15 casos confirmados de coronavírus.

A África registrou o seu primeiro caso esta semana, no Egito.

A América Latina é a única região do planeta sem casos confirmados de coronavírus.

No Brasil, caiu para 4 o número de casos suspeitos de coronavírus, enquanto 43 notificações foram descartadas.
Enquanto isso, ainda no Brasil, boatos sobre coronavírus tomam conta das redes sociais.

Share