Como descobrir se tem o gene do câncer? Teste de DNA gratuito na Austrália para 10 mil jovens em 2022

A consultant analyzing a mammogram

A genetic study has given researchers a greater understanding of inherited causes of breast cancer. (AAP) Source: AAP

Dez mil jovens australianos com idades entre 18 e 40 anos vão poder fazer testes genéticos gratuitos para para detectar alterações no DNA e descobrir se têm predisposição a câncer.


O primeiro programa de testes genéticos para câncer – no mundo – permitirá que as pessoas com predisposição para desenvolverem a doença, tomem medidas preventivas, como colonoscopias anuais ou, se forem mulheres,  que tenham seus seios removidos para prevenir o câncer de mama.

Os testes genéticos – a serem lançados no ano que vem – farão da Austrália a primeira nação do mundo a oferecer exames preventivos de DNA por meio do sistema público de saúde.

O estudo piloto irá desenvolver um novo teste de triagem de DNA e que pode mais tarde ser usado para introduzir um programa de triagem genética nacional.

O professor associado Paul Lacaze, pesquisador da Monash University, recebeu uma doação de quase AU$3 milhões (AU$2,97 milhões) do Fundo de Pesquisa Médica (Medical Research Future Fund (MRFF) para administrar o programa.

“Este tipo de teste preventivo de DNA não só salvará vidas, mas também economizará dinheiro do sistema de saúde público australiano ao prevenir milhares de cânceres,” disse o professor Paul Lacaze.
O teste de DNA vai identificar os genes do câncer hereditário de mama e ovário, incluindo BRCA1 e BRCA 2, que colocam as portadoras em alto risco de câncer de mama, ovário, próstata e pancreático e melanomas.

Também detectará genes da Síndrome de Lynch ligados ao câncer colorretal hereditário e predisposição ao câncer gastrointestinal. Juntas, essas síndromes afetam 1 em cada 66 pessoas.

Os jovens que vivem na Austrália serão convidados a participar dos testes por meio de uma campanha nas redes sociais.

Eles receberão aconselhamento genético de telessaúde fornecido pelo Instituto Garvan para explicar as consequências do teste genético.

O projeto tentará fazer com que essa amostra de 10 mil pessoas seja o mais representativa possível da população em geral, incluindo homens e mulheres, diferentes regiões socioeconômicas e até mesmo grupos étnicos.





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