Desde 27 de janeiro, efeito da pandemia, não há voos comerciais entre Portugal e o Brasil.
Naquela ocasião Portugal estava na máxima emergência da pandemia, com à volta de 300 mortes por dia, Portugal era o pior caso de Covid na Europa.
Entretanto, Portugal passou de o pior para voltar a ser o melhor: na sexta-feira, contabilizadas 5 mortes em 24 horas e apenas 488 novos contágios, sendo que a vacinação avança robusta.
80 mil professores já foram vacinados numa operação neste sábado dedicada às escolas; o pessoal de saúde já está todo vacinado, tal como grande parte de quem tem mais de 65 anos. Ao todo, vacinados um milhão e 300 mil portugueses.
Portugal começa a desconfinar, embora com cautelas extremas, porque na vizinhança, sobretudo em França, os números voltam a estar de sobressalto, altíssimos, e também há enorme preocupação com a alta incidência no Brasil. É por isso que as fronteiras continuam fechadas, mesmo com o vizinho imediato, a Espanha.
Efeito deste fecho de fronteiras, desde 27 de janeiro: não há voos de passageiros entre Portugal e o Brasil.
Tem havido, no entanto, autorizações especiais de viagem por motivos designados por humanitários, nomeadamente quadro clínico grave de um familiar.
Nestes dois meses, 733 cidadãos brasileiros nestas condições puderam regressar ao Brasil em cinco voos especiais, três da TAP e dois da Latam.
Neste último domingo, um sexto voo transporta mais cerca de 200 pessoas.
Há obrigatoriedade de teste negativo à partida e à chegada. O mesmo sucede com os cerca de 1000 portugueses que regressaram do Brasil nestes dois meses.
A suspensão de ligações, embora afetando tanta gente, vai perdurar enquanto a pandemia permanecer como ameaça.
Na semana passada o aeroporto de Lisboa teve apenas 8% do movimento que tinha tido no mesmo período, há um ano, e grande parte dos voos operados são ligações essenciais com os arquipélagos dos Açores e da Madeira.
