Em finais de janeiro, Portugal estava com mais de 200 mortes por COVID-19 em cada dia.
Agora, 15 por dia e já um mês de continua tendência descendente – 15 mortes é o número mais baixo de vítimas desde 19 de Outubro. Estão hoje internadas 1046 pessoas nos hospitais portugueses e, dessas, 266 estão nas unidades de cuidados intensivos do país: um valor semelhante ao registado no dia 28 de outubro, antes da terceira vaga e quando não havia lockdown em Portugal.
Os números atestam que o confinamento é mesmo um meio eficaz para travar a pandemia. Ao cortar contactos, corta-se, de facto, a propagação do vírus.
Depois de, em janeiro, ter ocupado por diversos dias os piores lugares dos rankings internacionais, chegando mesmo a ser pior do mundo em percentagem de contágios, Portugal é agora aquele com menos casos diários por 100 mil habitantes da União Europeia.
Segundo os dados oficiais do controlo europeu da pandemia, Portugal regista atualmente uma média a sete dias de 84.62 infeções diárias por 100 mil habitantes, um valor que coloca o país na frente do ranking europeu, num reflexo de uma clara melhoria da pandemia.
Desde Março de 2020, Portugal já registou 16.458 mortes associadas à COVID-19 e 807.456 casos de infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2.
Mas esta baixa do número de casos em Portugal contraria o que está a acontecer na Europa central e de leste: a Polónia declarou na sexta-feira 21 mil novos contágios e 349 mortes num só dia; no mesmo dia, na Alemanha, 12 mil contágios e 239 falecidos.
É sabido que a terceira vaga disparou com a abertura a festejos no Natal.
Agora, com a Páscoa à porta, vários países estão a decidir extrema prudência e fecho geral na semana que leva à Páscoa - Portugal é um desses países, com proibição de deslocações para fora do município de residência entre 26 de março e 5 de abril.
Depois, a 5 de abril, há a intenção de abrir esplanadas.
