Mais de 4 mil portugueses em trabalho ou em férias em distantes países estrangeiros, confrontados com a emergência geral com o coronavirus, pediram ao governo de Lisboa ajuda para que, apesar do cancelamento de voos aéreos comerciais, possam regressar a casa.
Entre estes há cerca de 100 portugueses na Austrália, a maioria trabalhadores-estudantes.
Alguns trabalhavam em restaurantes e bares em volta de Sydney, ao mesmo tempo que estudavam em universidades australianas.
O fecho, por efeito do covid-19, dos lugares onde estavam a trabalhar deixa-os sem meios para suportar a estada na Austrália, pelo que apelam para que sejam apoiados para o regresso a Portugal.
Uma petição nesse sentido, com mais de 600 assinaturas, já foi apresentada ao governo português através de uma das secretarias de Estado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Fonte da diplomacia portuguesa garantiu à SBS Portuguese que todos os apelos para retorno estão a ser cuidados pelo sistema diplomático e consular português.
Já foi montada, com recurso a aviões fretados, a operação de retorno de cerca de 2 mil portugueses que estavam em zonas de África e das Américas, neste momento sem voos comerciais com ligação a Portugal.
Em vários destes casos foram voos coordenados pela Comissão Europeia, trazendo para a Europa cidadãos de diferentes países europeus.
No caso de portugueses na Austrália que querem regressar, o governo português está a interceder para garantir lugares em voos comerciais que continuam a operar, designadamente através do Qatar.
Um problema que está a ser colocado por alguns desses portugueses neste momento na Austrália é o do preço atualmente muito caro das viagens aéreas.
“Estamos a trabalhar para ajudar todos a regressar”, garantiu-nos fonte diplomática portuguesa.
