Em quase todo o território português deixou de haver contágios.
Em toda a semana apenas 10 casos e assintomáticos no norte no centro e no sul do país que, assim, a partir deste começo de junho já vai ter quase tudo outra vez a funcionar mas, na periferia de Lisboa, há um problema.
Mais de 500 contágios numa semana.
Por isso, em Lisboa e nos 16 municipios em volta, os centros comerciais ainda não vão poder abrir nesta segunda-feira.
Os especialistas em saúde pública trataram de fazer análise fina para tentarem perceber o que se passa para que, no resto do país, o contágio tenha parado, mas em Lisboa esteja até mais forte. Não propriamente na cidade capital, mas em alguns dos bairros periféricos.
As suspeitas confirmaram-se: a condição económica é o inimigo.
A generalidade das pessoas no país passou a usar máscara protetora e cuidados reforçados de higiene. As pessoas incorporaram as máscaras e a desinfecção das mãos como se sempre tivesse feito parte das nossas rotinas.
Mas – está a ser revelado – há quem não tenha recursos para comprar as máscaras. Também há quem considere que esses cuidados não interessam.
É nesses grupos que se propaga um dos surtos.
Exemplar é o caso de um bairro muito degradado a sul de Lisboa. É conhecido como o bairro Jamaica. Tem a estrutura de vários prédios projetados para torres de apartamentos. Mas o construtor, há vários anos, abandonou o empreendimento, por entre embargos e falência, e os prédios, ainda em meio de construção, passaram a ser habitados por gente muto pobre, a maioria de origem africana.
São casas que ainda não têm condições de habitabilidade com higiene.
E são casas onde coabitam muitas pessoas.
Algumas dessas pessoas em relativa clandestinidade, portanto sem qualquer apoio social.
Os peritos em saúde pública rastrearam toda a zona e encontraram vários casos positivos de covid na população jovem. Quase todos, sem sintomas, mas a contagiar adultos que acabaram por ser internados.
Agora, estão todos em confinamento forçado.
Ao mesmo tempo estão acelerados os planos de realojamento em habitações dignas desse nome, para essas pessoas que têm vivido nas margens da decência.
Alguns desses mais novos, para terem recursos, faziam trabalhos, muitos deles clandestinos, na construção civil. Assim contribuíram para propagação do vírus. O mesmo em trabalhos de carga ligados a redes de distribuição de um grupo de hipermercados.
Comum a toda esta propagação do contágio, a condição social muito pobre.
Está decidida a intervenção prioritária nestes grupos. Por um lado, com confinamento, para evitar contágio, por outro, com promoção de habitação com mínimos de qualidade e regularização das pessoas para que tenham acesso ao rendimento mínimo.
Enquanto esta operação com grande mobilização de meios está em curso, a reabertura de Lisboa ainda espera até ver, enquanto o resto do país regressa à quase normalidade, embora com observancia de distancias.
Apenas bares e discotecas continuam fechados. O futebol volta já nesta semana, embora com as bancadas dos estádios vazias.
Mas em Lisboa ainda compasso de espera para eliminar fileiras de contágio com origem na grande pobreza.
As pessoas na Austrália devem ficar pelo menos a um metro e meio de distância dos outros. Confira os limites no seu estado ou território para o número máximo de pessoas em encontros e reuniões.
Os testes para o coronavírus estão agora amplamente disponíveis em toda a Austrália.
Se você tem sintomas de resfriado ou de gripe, organize um teste ligando para o seu médico ou para a Linha Direta Nacional do Coronavírus no número 1800 020 080.
O App COVIDSafe do governo federal, para rastrear o coronavírus, está disponível para baixar na 'app store' do seu telefone.
A SBS traz as últimas informações sobre o COVID-19 para as diversas comunidades na Austrália.
