As médias dizem-nos que cada português gastou no ano passado 160 euros em raspadinhas, um jogo de prémio instantâneo que consiste em raspar os números ou símbolos ocultos de um boletim em cartolina.
Uma equipa de investigadores da Universidade e do Hospital de Braga, os médicos Daniela Valverde e Pedro Morgado, partiu do grande aumento de consultas de pacientes num quadro de adição, ou seja, dependência, deste jogo para a investigação que permite concluir que há em Portugal uma febre da raspadinha, que se está a converter em epidemia nacional.
Isto é o que está publicado por aquela equipa de Braga na revista científica The Lancet Psychiatry.
O jogo da raspadinha, lançado em Portugal em 2010, não requer qualquer aptidão ou conhecimento, é instantâneo e barato, e é, em absoluto, um jogo de sorte ou azar. Os boletins de cartolina com a raspadinha podem ser comprados em grande parte dos quiosques de venda de jornais e revistas, também em muitos cafés. Têm diferentes preços, entre um e dez euros, conforme o valor dos prêmios que ficam em jogo e se pode conseguir. Há evidência de que são de facto viciantes. É frequente, numa banca de jornais, ver-se uma pessoa que compra um boletim de raspadinha, vê se tem ou não prémio e depois compra outro, e mais outro e assim sucessivamente.
Quem organiza este sistema de jogos é a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a instituição caritativa mais importante no país, que tem o monopólio do jogo em Portugal. A Santa Casa — que é também a maior
proprietária de imóveis em Portugal, muitos resultantes de doações — dedica 44% da receita do jogo para financiar as suas atividades sociais.
A raspadinha rende à Santa Casa mais de 1.600 milhões de euros, representa 51% de toda a receita dos jogos que administra. Significa quase o dobro da receita do Euromilhões (805 milhões de euros) e 40 vezes mais do que a velha a lotaria (46 milhões).
A raspadinha é um êxito em receitas mas um problema social com repercussão na saúde mental.
Siga-nos no , e 
As pessoas na Austrália devem ficar pelo menos a um metro e meio de distância dos outros. Confira as restrições em seu estado .
Residentes na área metropolitana de Melbourne estão sujeitos às restrições do Estágio 4 e devem cumprir o toque de recolher entre 8h da noite até 5h da manhã. A lista completa de restrições está .
Se você tem sintomas de resfriado ou de gripe, fique em casa e organize um teste ligando para o seu médico ou para a Linha Direta Nacional do Coronavírus no número 1800 020 080.
A SBS traz as últimas informações sobre o COVID-19 para as diversas comunidades na Austrália.
Notícias e informações estão disponíveis em 63 línguas no
Notícias e informações estão disponíveis em 63 línguas no
