Santoro não deve ser extraditado para a Austrália

Santoro as been arrested in Brazil as police investigate Cecilia Haddad's murder in Sydney.

Source: Globo and supplied

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A polícia brasileira espera que Mário Marcelo Santoro, o principal suspeito do assassinato da empresária Cecilia Haddad em Sydney, seja julgado no Brasil e se condenado, sirva sua sentença em uma das cadeias do país. “Esperamos que a polícia australiana forneça todas as informações que solicitamos para que ele possa ser julgado e, se condenado, cumpra sua sentença aqui no Brasil,” disse Fábio Cardoso, delegado titular da Divisão de Homicídios da Polícia do Rio de Janeiro ao jornal The Guardian.


"O crime foi muito violento, muito grave, muito cruel,” acrescentou o delegado Fábio Cardoso. Segundo ele, Santoro é considerado réu por feminicídio no Brasil. 

Cardoso disse também que a polícia carioca pediu detalhes da investigação da polícia australiana e da Interpol, mas até agora não recebeu resposta. 

Talvez Santoro jamais seja julgado na Austrália já que é inconstitucional para o Brasil extraditar seus cidadãos. 

De acordo com a agência de notícias AAP, detetives da delegacia de homicídios de Nova Gales do Sul estão prontos para viajar para o Brasil, apenas a espera de que “protocolos internacionais” sejam seguidos. "A polícia de Nova Gales do Sul continua trabalhando e seguindo todos os processos do Commonwealth para concluir a investigação com sucesso," disse um porta voz da polícia a AAP. 


O corpo da empresária brasileira, de 38 anos, foi encontrado boiando em um rio no dia 29 de abril, mesmo dia que seu ex-namorado chegava no Rio de Janeiro.

As reportagens sendo publicadas no Brasil inclusive citam a causa da morte da executiva brasileira: asfixia por estrangulamento.  

A Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro decretou a prisão preventiva de Santoro e o acusou de assassinato na quinta-feira. Policiais da 18ª Delegacia da Polícia Civil do Rio de Janeiro prenderam o engenheiro Mário Marcelo Ferreira dos Santos Santoro, no domingo 8 de julho.


Santoro disse a um advogado que ele era inocente, de acordo com uma reportagem do jornal brasileiro O Globo.  

Se achado culpado, Santoro poderá ser condenado a 30 anos por assassinato e outros três por esconder o corpo, disse Felipe Cardoso. Ele disse ainda acreditar que as condições das prisões brasileiras são "muito piores" do que as da Austrália.
O irmão de Haddad, João Müller Haddad, disse ao jornal The Guardian que ficou impressionado com a ação das polícias brasileira e australiana. "Eu não sei se foi um alívio porque minha irmã não vai voltar, mas temos a sensação de que a justiça está começando a ser feita", disse ele. “Estamos muito impressionados com a eficiência da polícia australiana tanto quanto com a polícia brasileira”.



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