Scott Morrison chega a NY e deve falar com presidente francês Emmanuel Macron, depois de mal-estar gerado com criação do AUKUS

Emmanuel Macron

Scott Morrison disse que vai ter a oportunidade de falar com o presidente francês Emmanuel Macron (foto) depois do mal-estar gerado com a criação do AUKUS. Source: EPA/STEFANO RELLANDINI / POOL

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Apesar de admitir entender a frustração da França depois do cancelamento do acordo de A$90 bilhões, Morrison, assim como Joe Biden e Boris Johnson, acredita que a relação da Austrália, EUA e Reino Unido com o governo francês não será afetada a longo prazo


O Primeiro Ministro Scott Morrison chegou à cidade de Nova York, onde desembarcou no aeroporto internacional John F. Kennedy por volta das 8h da manhã, horário de Sydney.
 
Ele falou à imprensa antes de partir para as reuniões paralelas à Assembleia Geral das Nações Unidas. Morrison disse que vai ter a oportunidade de falar com o presidente da França, Emmanuel Macron.
 
O Primeiro Ministro falou que entende a frustração da França, depois que um oficial francês chamou de humilhante o pacto de defesa AUKUS e o acordo dos submarinos: "Seria ingênuo pensar que uma decisão dessa natureza não iria causar obviamente uma frustração à França. Nós entendemos e temos conhecimento sobre isso. E sabíamos que iria acontecer. Eu deixei muito claro que submarinos convencionais não atenderiam mais nossos interesses estretégicos e a finalidade para a qual precisamos deles. Sugerir que, de alguma forma, essa decisão poderia ser tomada sem causar decepção, seria muita ingenuidade."
 
Estados Unidos, Austrália e Reino Unido insistem que a crise diplomática não deve afetar as relações desses países com a França a longo prazo.
 
A França cancelou as reuniões que tinha marcadas com oficiais australianos e ingleses em Nova York, e está tentando reunir aliados da União Europeia para apoiar a pressão por mais soberania europeia.
 
O Primeiro Ministro britânico, Boris Johnson, numa tentativa de evitar que a relação entre os dois países seja abalada, declarou que a conexão entre o Reino Unido e a França é indestrutível: "Eu acredito que o Reino Unido e a França tem uma relação muito importante e indestrutível. E é claro, nós vamos conversar com todos os nossos amigos sobre como fazer do AUKUS um pacto que funcione e que não seja excludente, divisivo. Porque realmente não precisa ser dessa forma." 
 
O Ministro das Relações Internacionais da França, Jean-Yves Le Drian, está se reunindo com ministros de assuntos exteriores dos países da União Europeia para discutir as consequências do acordo dos submarinos e a visão da França para uma Europa mais estrategicamente independente.
 


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