Variante Ômicron da COVID-19: Mais um caso em NSW, seis no total na Austrália. Adiada reabertura das fronteiras para 15 de dezembro

Biden Omicron

Em pronunciamento nessa segunda-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, defendeu medidas de restrição mas disse ser inevitável que Ômicron chegue ao país. Source: EPA/Oliver Contreras

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Detectado mais um caso da nova variante em NSW, de uma mulher que teria circulado pela Costa Central do estado. Após adiar permissão de entrada de portadores de vistos temporários no país, governo diz acreditar que a Ômicron vai estar sob controle na Austrália. As notícias desta terça-feira sobre a nova variante da COVID-19 na Austrália e no mundo.


O governo federal declarou estar ciente do impacto da decisão de adiar a reabertura das fronteiras da Austrália para estudantes internacionais, trabalhadores qualificados e portadores de outros vistos temporários.
 
A reabertura das fronteiras para pessoas com vistos temporários elegíveis estava prevista para amanhã, 1 de dezembro, incluindo a bolha de viagens com o Japão e a Coreia do Sul, mas nessa segunda-feira foi anunciado pelo governo que o adiamento dessa data para 15 de dezembro.
 
Número de casos na Austrália
 
Seis casos da variante Ômicron foram registrados até agora na Austrália. Um no Territótio do Norte e cinco em Nova Gales do Sul, NSW. O sexto caso foi divulgado no final da manhã de hoje, de uma mulher que chegou em Sydney no sábado, que teria passado por pelo menos dois países do sul da África e que teria circulado pela Costa Central de NSW antes de tester positive para COVID. 
 
Enquanto os relatos sobre a gravidade da nova variante ainda são confusos, o Ministro da Saúde da Austrália, Greg Hunt, disse que a Ômicron é possível de ser controlada.
 
"Essa variante pode ser definida como menos agressiva mesmo se for mais transmissível, como mostram as evidências do que está acontecendo na África do Sul. Queremos reconhecer a situação pela qual estão passando. Nós sabemos que é um momento difícil para eles, mas estamos trabalhando juntos. A Austrália lidou com desafios. Estamos prontos para isso. Podemos lidar com isso e queremos transmitir confiança aos australianos".
 
 
Controvérsia sobre restrições
 
O governo da África do Sul disse ao governo dos Estados Unidos que a proibição de entrada de pessoas do sul da África por causa do suirgimento da nova variante é inútil.
 
O Ministro da Saúde, Joe Phaala, disse que as autoridades do país estão sendo transparentes e abertas com informações, mas que as reações internacionais não estão de acordo com essa atitude.
 
"Não há base por parte dos líderes de alguns países, que impuseram restrições de viagens para nós na África do Sul e outros países da região. Não há base para que os sul-africanos entrem em pânico. Nós já passamos por isso antes".
 
Nos Estados Unidos o presidente Joe Biden defendeu as restrições de viagens adotadas mas admitiu que seja quase inevitável que a variante chegue ao país da América do Norte.
 
"Eu espero que esse não seja o novo normal. Eu espero que o novo normal seja que todos se vacinem, inclusive com as doses de reforço, para que assim a gente reduza o número de pessoas que não estão protegidas para um nível tão baixo a ponto de o vírus não se espalhar. Agora estamos aguardando para ver quais são exatamente os elementos dessa cepa em particular. Eu espero que não seja fundamentalmente diferente". 
 
Elogio à África do Sul
 
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, agradeceu à África do Sul pela sua transparência e rapidez em compartilhar os dados sobre a nova variante Ômicron da COVID-19, dizendo que esse é um modelo de cooperação internacional que está ajudando a salvar vidas.
 

"A comunidade global se deparou com a ameaça de uma nova e mais transmissível variante da COVID-19, a Ômicron. Essa não é a primeira variante, e dessa vez o mundo mostrou que está aprendendo. O trabalho analítico e a transparência da África do Sul em compartilhar seus resultados foi indispensável em permitir uma rápida resposta global". 
 
Apesar disso, muitos países adotaram a suspensão de viagens com origem e destino nas nações do sul da África, incluindo a África do Sul.
 

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