O curta-metragem em língua portuguesa “A Mordida” é um dos detaques da edição desse ano do (EFFA, sigla em inglês), que será realizado do dia 21 de janeiro a 4 de fevereiro, inteiramente online por conta da pandemia de COVID-19.
O filme é uma produção conjunta entre Brasil e Portugal e conta a história de cientistas brasileiros responsáveis pela reprodução de mosquitos geneticamente modificados para tentar conter uma epidemia no país.
O EFFA será realizado do dia 21 de janeiro até o dia 4 de fevereiro, inteiramente online. Source: Supplied
Em paralelo, a trama discute ideologia de genêro e as tensões geradas pelo movimento conservador no Brasil.
A brasileira Maria Teresa Tavares é uma das organizadoras voluntárias do evento e falou com a SBS Português sobre o evento.
“A mordida está muito relacionada ao mosquito. O filme entrelaça uma narrativa que é de gênero, ciência e de engenharia genética para poder pensar os efeitos da mudança conservadora no Brasil. É um filme muito intimista que fala sobre a vida das pessoas durante essa pandemia, o medo e o que pode acontecer, mas também sob a perspectiva que lida com gênero, pessoas trans e o pensamento de engenharia genética”.
A atual edição do evento leva o nome de “Summer Change” (“Mudança de Verão”).
Segundo Maria, essa edição do festival tem como objetivo trazer uma reflexão sobre a pandemia de COVID-19 como um “desastre natural” e nosso papel como ser humano em cuidar do meio ambiente.
O festival traz também diversos títulos de animação como "Jacob, Mimmi & Os Cachorros Falantes". Source: Supplied
“Nessa edição o EFFA está celebrando todos os visionários, os inovadores e as pessoas que estão lutando para mudar o comportamento da nossa sociedade, em relação a proteger e preservar o meio ambiente”, disse Maria.
Maria também destacou o documentário “X Trillion”, que conta a história de 14 mulheres que embarcam para uma das localizações mais remotas do planeta, mas também a região com o maior acúmulo de plástico no oceano: o Giro do Pacífico Norte, localizado no Oceano Pacífico.
“Esse filme, sem dúvida, mudou a minha vida, mudou o jeito com o qual eu olho o que eu consumo, o quanto de plástico que está ao meu redor e a gente sabe onde esse plástico pode parar: nos lugares mais longínquos do planeta”.
Documentário mostra os efeitos catastróficos do acúmulo de plástico nos oceanos. Source: Supplied
Mais informações sobre ingressos, programação e filmes participantes dessa edição podem ser obtidas no .
